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Sexualidade e diversidade encerram CBGG

Temas foram debatidos com a partir de um olhar diferenciado com a apresentação de documentários, como “Acende a Luz”

Sexualidade e diversidade na velhice - CBGG - SBGG

Fechando a programação do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG), promovido pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em São Paulo, no sábado, dia 25 de março, foi realizado um debate sobre a sexualidade e diversidade na velhice. Moderado pelo médico geriatra e pesquisador da temática, Milton Crenitte, o evento partiu de um olhar diferenciado com a apresentação de documentários. A mesa foi coordenada pela psicóloga Valmari Aranha, secretária adjunta da SBGG.

A primeira apresentação foi de episódios da série “LGBT+60: Corpos que Resistem”, do jornalista Yuri Fernandes, publicada no YouTube pelo Projeto Colabora, com cerca de 2 milhões de acessos. Destaque para os depoimentos de Martinha, que morreu vítima de Covid-19, e de Angela e Willman, que depois de mais de 20 anos juntas se casaram em 2021.

Yuri participou por vídeo, e contou que a inspiração veio de seu trabalho como jornalista, em trazer o que não está sendo mostrado e discutido, e pelo lado pessoal, pela falta de representatividade do que são as velhices LGBT.

Acende a Luz

Em seguida foi a vez de “Acende a Luz”, produção de Paula Sacchetta e Renan Flumian, lançada em 2020, que tem como personagem principal Isabel Dias, autora do livro “32: Um Homem para Cada Ano que Passei com Você” (Editora Livros de Safra). O curta aborda a sexualidade e as pazes de uma mulher 60+ com seu corpo. Paula e Renan agora preparam uma série com o mesmo enfoque para o canal pago GNT e planejam voos maiores com o projeto, abrangendo outros países. Assista no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=2pIVsLkDU7w .

Paula, Renan e Isabel participaram da mesa do evento, com Milton e Valmari. A produtora falou da necessidade de estímulo a um imaginário coletivo de possibilidades depois dos 60 anos, e Renan ressaltou a construção cultural que não dá espaço para as pessoas mais velhas, as torna invisíveis. Sobre a intergeracionalidade, ele disse que há uma paleta de sentimentos parecidos, mas em contextos diferentes, a partir de lugares que a pessoa já esteve ou vai estar.  

Isabel, hoje com 67 anos, contou que viveu um momento de ressignificação, de liberdade. Seu despertar começou depois do fim do casamento de mais de 30 anos e a descoberta de que foi traída, ela saiu do interior do Estado e se mudou para São Paulo para viver como quisesse. E assim, ela vive plenamente sua sexualidade, afinal ninguém tem prazo de validade. Como ela afirmou no documentário, se sente “vivida, comida, gostada e amada”.

Preconceito e saúde

Durante o debate, Milton destacou o preconceito que gera a dificuldade em falar sobre sexualidade e a importância da quebra de tabus. Sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), apontou a importância da autonomia e da escolha do método preventivo.  

(Imagem principal: SBGG)

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