A primeira edição presencial do Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia (CBGG) depois de cinco anos, voltando da pandemia de Covid-19, movimentou o Expo Center Norte, em São Paulo, durante os dias 23 e 25 de março. Para a Dra. Ivete Berkenbrock, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), entidade responsável pelo evento, o resultado foi bastante positivo. O blog Nova Maturidade acompanhou o último dia.
O Congresso reuniu mais de três mil pessoas, que participaram de palestras a partir do tema da 23ª edição – “Dos cinco I’s aos cinco M’s: da evolução de conceitos à evolução do cuidado”. Foram abordados conceitos como imobilidade, iatrogenia (intervenções inadequadas de profissionais) e incapacidade cognitiva, e também mobilidade, medicação e multicomplexidade (comorbidades).
“Nós estamos muito felizes. O Congresso superou nossas expectativas. E o grau de satisfação é de 100%. A gente não teve uma reclamação sobre o conteúdo científico, que estava bem abrangente, permitindo que todos os profissionais que estão aqui, de alguma maneira, aprendam algo. Minha definição é alegria ao ver que as pessoas estão alegres também”, disse a presidente da SBGG.
Segundo a Dra. Ivete, a programação contemplou todos os profissionais com nível superior que tenham interesse no envelhecimento humano, não só da área médica, como não médicos, incluindo, por exemplo, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e advogados. Uma das atividades foi sobre como fazer pesquisas, atendendo ao público mais jovem que visitou o Congresso, futuros multiplicadores do conhecimento gerontológico.
Entre os temas abordados, a presidente da SBGG destacou as condições crônicas que mais acometem as pessoas idosas, e doenças e tratamentos, com um enfoque maior na prevenção e cuidados. “A gente trabalha por um envelhecimento saudável. Nós queremos que todos as pessoas envelheçam bem e com qualidade de vida. O Congresso permitiu essa abordagem para profissionais médicos e não-médicos sobre o estudo do processo de envelhecimento, e como se dá esse envelhecimento na sua população, em seus pacientes. E nas universidades, quais são os cuidados que devem ser ensinados”, salientou.
Etarismo
O preconceito contra a pessoa idosa também foi tema do Congresso, inclusive do Concurso de Redação promovido pela SBGG. A vencedora foi a estudante paranaense, Isabella Yoshioka. “Ela é muito habilidosa ao escrever como ela pensa que a pessoa idosa deve ser tratada”, elogiou a presidente da SBGG.
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