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Saúde & Bem-estar

UNAIDS aponta declínio na resposta global à Aids

Programa da ONU adverte que sem o combate às desigualdades número de mortes será maior; casos aumentam entre pessoas idosas

Aids - UNAIDS alerta para queda na resposta global

Embora acabar com a Aids até 2030 seja um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, de acordo com a UNAIDS, Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids, a resposta global ao HIV está perdendo força. Mesmo sendo uma ameaça á saúde pública, há um declínio lento de novas infecções pelo HIV e mortes relacionadas à AIDS. A constatação foi feita em uma reunião com doadores, parceiros e participantes do programa em novembro. Neste dia 1 de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a AIDS.

Na faixa etária a partir dos 60 anos, como destaca uma reportagem do VivaBem UOL, há aumento no número de casos. O número saltou de 212 casos em 2007/2008, para 963 em 2019. De acordo com o Boletim Epidemiológico sobre HIV/Aids, de 2020, houve uma queda para 333 novos casos, mas podem ter sido resultado de menos diagnósticos devido à pandemia de covid-19.

Em todo o Brasil, foram 13.677 casos detectados em 2020, contra 41.909 no ano anterior, o que reforça o impacto da pandemia. No mundo, cerca de 1,5 milhão de pessoas foram infectadas pelo HIV em 2020, e a cada 60 segundos alguém morria de uma doença relacionada à Aids.

Desde sua criação em 1996, o UNAIDS lidera esforços para expandir o acesso à prevenção, tratamento e serviços de atenção ao HIV, aumentando os recursos globais para o HIV, construindo compromisso político e coletando dados para construir respostas informadas com base em evidências.

Relatório UNAIDS

Um aviso emitido pela entidade no dia 29 de novembro alerta que se as lideranças mundiais não conseguirem abordar as desigualdades, o mundo poderá enfrentar 7,7 milhões de mortes relacionadas à Aids nos próximos 10 anos. É a previsão de estudos de modelagem para 2021 a 2030, com base nos níveis de 2019.

O UNAIDS adverte, ainda, que se as medidas transformadoras necessárias para acabar com a Aids não forem tomadas, o mundo também ficará preso na crise de covid-19 e permanecerá perigosamente despreparado para as pandemias que estão por vir.

As conclusões são do novo relatório do UNAIDS (em inglês): “Desiguais. Despreparados. Ameaçados: por que são necessárias ações ousadas para acabar com a AIDS, interromper a COVID-19 e preparar respostas a futuras pandemias”, lançado antes do Dia Mundial da Aids. E também apela para investimentos de maior escala e mudanças nas leis e políticas para acabar com as desigualdades que impulsionam a Aids e outras pandemias.

40 anos dos primeiros casos

Este ano marca 40 anos desde que os primeiros casos de Aids foram registrados. Desde então, onde os investimentos atingiram as metas, houve progresso na expansão do acesso ao tratamento. Em junho de 2021, 28,2 milhões de pessoas tinham acesso ao tratamento do HIV, em comparação a 7,8 milhões em 2010.

HIV é a sigla para vírus da imunodeficiência humana, que pode levar à Aids, síndrome da imunodeficiência adquirida. Atualmente, não existe uma cura efetiva, mas o HIV pode ser controlado. O tratamento frequente é a terapia antirretroviral ou ART e pode prolongar as vidas de muitas pessoas infectadas e diminuir as chances de transmissão. A única forma de saber se está infectado é por meio do teste.

(Fonte: UNAIDS / Imagem: Health photo created by freepik – www.freepik.com)

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