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Que idoso você vai ser?

As redes sociais foram invadidas nos últimos dias por imagens de projeções de como famosos ou não serão como envelhecerem. A representação do futuro próximo é feita pelo aplicativo FaceApp. Fiz um teste e o resultado realmente é bem interessante, mas será que isso nos faz pensar realmente em como estamos envelhecendo?


Afinal este é o processo natural da vida e um dia nossa velhice também chegará, a não ser que morramos jovens. E para uma velhice bem-sucedida, de acordo com as imagens que o aplicativo mostra, é preciso se preparar, se planejar, não só investindo em uma vida mais saudável, trabalhando o corpo e a mente, como também se planejando financeiramente dentro de suas possibilidades, por que depender da aposentadoria que já é complicado, tende a piorar com a reforma da Previdência.

Outro ponto importante é o capital social que estamos criando, ou seja, nossos relacionamentos. Como estamos vivendo com a família, os amigos, a comunidade a nossa volta? Saiba que são eles o nosso suporte hoje e no futuro para afastar a solidão e o isolamento. Problemas comuns entre as pessoas idosas.

Manter-se ativo intelectual, aprendendo sempre ao longo da vida também contribui para uma velhice de forma mais plena. Aliás o direito à educação ao longo da vida está previsto no Estatuto do Idoso, entre outros tantos que figuram no papel mais não se concretizam na prática.

Estes capitais de saúde, financeiro, social e de conhecimentos são frequentemente listados por Alexandre Kalache, referência mundial em envelhecimento e presidente do Centro Internacional de Longevidade (ILC, sigla em inglês) Brasil. Os capitais têm como base o Marco Político do Envelhecimento da Organização Mundial da Saúde, de 2002, que define o envelhecimento ativo como “processo de otimizar oportunidades para saúde, participação e proteção/segurança de modo a aumentar a qualidade de vida a medida em que envelhecemos”. A aprendizagem continuada foi incluída pelo ILC em 2015.

Como futura especialista em Gerontologia, área que estudo o envelhecimento em seus múltiplos aspectos – biológicos, psicológicos e sociais, a cada dia, a cada novo texto que leio, aula, vídeo que assisto, minha visão se amplia, ainda mais com a produção de conteúdo para o meu blog Nova Maturidade. E o que repercute nas redes sociais, mais que uma nova tendência em aplicativos, passa a chamar a atenção para outras questões, para um importante debate: que velhos seremos?

*Artigo também disponível no meu LinkedIn.

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