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Livro “Idadismo” revela a força do preconceito etário

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“Idadismo – Um mal universal pouco percebido”, título do livro do professor Egídio Dórea, nunca foi tão evidente como neste período de pandemia de Covid-19. A obra produzida à convite da editora Unisinos será lançado nesta quarta-feira, dia 15 de julho, às 18 horas, com uma live nas redes sociais (Instagram, Facebook e YouTube) da Unibes Cultural. O autor estará acompanhado de Sandra Gomes, coordenadora de políticas públicas para a pessoa idosa da cidade de São Paulo.

O livro vem no esteio da campanha Orgulho Prateado, organizada no ano passado por Egídio Dórea, que é coordenador do programa USP 60+. “Eu fui chamado para escrever um artigo sobre idadismo para o jornal Zero Hora do Rio Grande do Sul, e o editor da Unisinos leu e me convidou para escrever o livro. A gente quer que tenha um impacto não somente no público direcionado, Nosso objetivo é que seja um livro que possa ser lido por qualquer pessoa”, explica o autor.

O livro “Idadismo” foi dividido em cinco capítulos que, segundo Egídio Dórea, começam com a conceituação do tema e mostrando como o preconceito etário vem permeando a nossa história. Com base em dados e estudos, a obra aborda também o idadismo na contemporaneidade e a forma como está estruturado na sociedade, incluindo a pandemia.

Idadismo Egidio Dórea Preconceito

“Eu tinha acabado de escrever o livro quando estava começando a pandemia, e eles pediram para eu agregar alguma coisa. Eu fiz uma analogia sobre como foi a expressão do idadismo em outras situações de catástrofe, por exemplo na época da queda das torres gêmeas, das ondas de calor da Europa e Estados Unidos, tsunami, etc., como isso refletiu na população idosa”, conta.

O autor finaliza o livro listando as consequências associados ao idadismo e as formas de combater este preconceito ainda tão presente em nossa sociedade. O livro pode ser adquirido pelo site da Editora Unisinos. Acesse o link.

Pandemia

Para Egídio, o período atual é marcado pelo descaso com a população idosa não apenas no Brasil, mas em vários países. “Sabia-se que os idosos, desde a China, era a população mais comprometida, com maior risco de ter complicações sérias e não se fez nenhuma política adequada. Não se priorizou testes para as pessoas que estão em ILPIs (instituições de longa permanência para idosos), não se programou treinamento de funcionários de ILPIs, nada. Foi um caos”.

Segundo o coordenador da USP 60+, também não se adotou medidas para atender idosos que moram sozinhos e aqueles que não estão incluídos digitalmente. “Quando se propôs o isolamento, ninguém pensou nos idosos que vivem sozinhos, ninguém pensou como eles teriam acesso para comprar comida, a algum meio de comunicação, porque boa parte deles não está incluída. E as doenças crônicas que vários deles têm e não estão sendo controladas? A telemedicina é para todos?”.

O desafio é grande para toda a sociedade, na avaliação do autor de “Idadismo”, principalmente diante da desigualdade social ainda mais gritante na pandemia, com o alto índice de mortes entre pobres, negros e idosos. “Eu sinceramente antevejo muito uma mudança, mas acredito muito pouco nela. Acho que temos que fazer o que estiver ao nosso alcance para tentar melhorar. Se cada um fizesse um pouquinho, acho que todo mundo vai lucrar no futuro”.  (Katia Brito / Imagem principal Pexels Free Photos)  

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