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Curitiba registra queda de casos e óbitos de covid-19 em idosos 90+

Queda, apontada em levantamento de pesquisador da Escola de Medicina da PUCPR, teve início pouco dias após o começo da vacinação

Vacinação de idosos prossegue em Curitiba, os primeiros foram os 90+

Um levantamento indica que idosos com 90 anos ou mais de Curitiba (PR), que formaram o grupo etário prioritário da vacinação, já estão sendo menos afetados pela doença. O trabalho é de José Rocha Faria, professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e pesquisador do Centro de Epidemiologia e Pesquisa Clínica (Epicenter) da Universidade.

Entre 22 de dezembro de 2020 e 20 de janeiro de 2021, o número de óbitos nessa faixa etária correspondia a 5,9% do total na capital paranaense. Já entre os dias 15 de fevereiro e 16 de março, a taxa caiu para 4,38%. A análise foi realizada utilizando a base aberta de dados disponibilizados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). O número de casos da doença caiu de 0,36% para 0,25% na população 90+, comparando os dois períodos.

Para Faria, os dados chamam muito a atenção pelo fato de que o segundo período analisado teve início apenas alguns dias após o começo da vacinação de pessoas com 90 anos ou mais em Curitiba. “Temos que ressaltar que nesse período os idosos só haviam recebido a primeira dose do imunizante. Ainda que devamos considerar a possibilidade de que esse grupo tenha se isolado mais nas últimas semanas, resultando numa menor taxa de contágio, precisamos reforçar que quando analisamos as faixas etárias de 80 a 89 e de 70 a 79 anos, não vemos uma redução significativa dos óbitos”, explica.

O pesquisador lembra que diversos estudos já divulgados sobre as vacinas CoronaVac e de Oxford mostram não só a redução no risco de contágio. Principalmente, uma diminuição mais significativa no risco de desenvolvimento de quadros mais graves, que exigem, por exemplo, hospitalização e intubação.

Restrições na cidade

Na visão do professor da PUCPR, embora vista com antipatia por parte da população, as medidas mais restritivas impostas pela Prefeitura de Curitiba são absolutamente necessárias para tentar reduzir a sobrecarga no sistema de saúde da cidade, que já funciona acima de seu limite. O número de casos ativos na cidade vem crescendo desde o feriado de carnaval, quando foram identificados os primeiros casos da cepa de Manaus (AM), mais contagiosa.

Até o dia 30 de março, a cidade havia registrado 3.827 mortes na cidade provocadas pela doença neste período de pandemia. Os casos confirmados da doença somaram 173.002, dos quais 156.737 estão liberados do isolamento e sem sintomas da doença. A taxa de ocupação de leitos de UTI e enfermaria era de 100%.

Neste mês de março, pela primeira vez desde o início da pandemia, Curitiba decretou a “bandeira vermelha”, mantendo em funcionamento somente atividades consideradas essenciais. A medida prorrogada até 5 de abril recentemente liberou as modalidades delivery e drive-thru, e atividades individuais em parques com uso de máscara e distanciamento social. Medidas que tem sido adotadas por diversas cidades no país diante do agravamento da pandemia de covid-19.

(Fontes: PUCPR e Prefeitura de Curitiba / Imagem principal: Hully Paiva/SMCS-Curitiba)

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